terça-feira, 31 de maio de 2011

Novo Código Florestal ameaça o Pantanal


A regra prevista no novo Código Florestal aprovado pela Câmara Federal na noite de terça-feira poderá trazer graves consequências para o Pantanal, na avaliação do diretor executivo do grupo Ecoa (Ecologia e Ação), biólogo Alcides Faria. Segundo ele, sem a proteção que existe hoje, as encostas dos rios o processo de infiltração das águas sofrerá modificações e isso vai alterar o ciclo de cheias e secas na planície pantaneira.
É com grande tristeza que vi a aprovação desse Código Florestal, porque além da questão ambiental ele traz um grande equívoco econômico também, pois sem a proteção das encostas a probabilidade de desastres é maior - afirma o diretor de uma das ONG mais tradicionais de Mato Grosso do Sul”.
Farias lamenta ainda, que o novo Código Florestal incentiva o crime, na medida em que anistia os desmatadores. Para o ambientalista, a esperança é que o Senado não aprove o projeto ou então que a lei que cria o Código não seja sancionada pela presidente Dilma Rousseff. Para isso, ambientalistas de vários países estão mobilizados e enviando mensagem para o Palácio do Planalto. Até a noite da aprovação da matéria pela Câmara Federal, mais de 100 mil assinaturas já haviam sido anexadas ao manifesto, segundo Alcides Faria.
Na avaliação da assessora de meio ambiente da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Janaína Pickler, a situação não é como está sendo apontada pelos ambientalistas. Ela afirma que os produtores rurais não estão trabalhando para não cumprir com a legislação ambiental.
Eles estão conscientes de que serão mais cobrados para cumprir com as suas obrigações, mas o que eles querem é que as regras sejam plausíveis de serem cumpridas” - afirmou.
Janaína disse que uma das maiores preocupações era com relação as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de reserva legal. De acordo com o texto aprovado pelos deputados federais e cuja proposta foi a defendida pela bancada ruralista, com relação a essa questão vale a situação em que se encontrava a área em 2008. Ou seja, não será necessário fazer interferências para ampliar a reserva legal até os 20% da propriedade definidos na lei. Assim, se em 2008 numa fazenda havia apenas 5% de mata nativa, não será preciso ampliar essa área para se chegar ao que a lei exige.
Isso é importante para as pequenas propriedades rurais que possuem até quatro módulos, que varia de 40 a 100 hectares, dependendo do município” - declarou Pickler.
Segundo a assessora da Famasul, cerca de 70% das propriedades rurais de Mato Grosso do Sul se enquadram nessa faixa (quatro módulos). Ela explica que esse detalhe é importante para estados como o Mato Grosso do Sul, em que muitas propriedades são cortadas por rios. Janaína destaca ainda, que o Código Florestal aprovado faz distinção entre áreas rurais e urbanas. E nesse último caso, as regras de proteção das encostas dos rios serão definidas pelas leis orgânicas dos municípios.


Paulo Yafuss

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ATENÇÃO
Mudanças no Mapa do Brasil?

Comissão do Senado aprova plebiscito para criação do estado de Tapajós

Mapa mostra como ficaria o atual estado do Pará após a divisão

Brasília - A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira a convocação de um plebiscito para a criação do estado de Tapajós. Caso a proposta seja aprovada pelo plenário da Casa, a nova unidade federativa terá 27 municípios e 1,7 milhão de habitantes.

A decisão a favor do plebiscito foi quase unânime dos senadores que compõem a comissão. Apesar da aprovação, muitos parlamentares ressaltaram uma discussão mais ampla sobre a criação de novos estados no país.

A Câmara já havia aprovado a realização de prebiscito para o estado de Carajás. A ideia é dividir o Pará em três estados diferentes. A realização da consulta popular para Tapajós depende agora somente de aprovação do plenário, que votará a medida em caráter emergencial.

Se aprovado, o Tribunal Regional Eleitoral do Pará terá seis meses para realizar o plebiscito.


quinta-feira, 17 de março de 2011

 NOTICIAS
Pantanal deve ter a maior cheia dos últimos dois anos
Meio ambiente - 15/03/2011
Pantanal deve ter a maior cheia dos últimos dois anos
O Rio Paraguai terá o maior nível dos últimos dois anos, chegando à média de 4,5 metros, segundo a unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Corumbá (MS), no Pantanal.
Foi a segunda previsão de cheia para o Rio Paraguai em 2011 divulgada pela Embrapa Pantanal, que recomenda que os pecuaristas fiquem em alerta. Alguns produtores já estão retirando o gado das áreas mais baixas. Muitas fazendas da região estão ilhadas e algumas estradas intransitáveis.
O pesquisador responsável pelas previsões, Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, afirma que, se as chuvas que caíram em janeiro e fevereiro se mantiverem por todo o mês de março, o rio Paraguai poderá superar o nível de 5 metros. Se forem mais intensas, podem chegar até a 6 metros. Nesse cenário, o pico da cheia deverá ser registrado em abril, provavelmente na segunda quinzena.
Em 2008, o Rio Paraguai passou por seu último período de cheias, chegando a 5,29 metros de altura. Em 2010, ao contrário, o rio passou por uma longa estiagem, registrando 1 metro de altura no início de novembro, nível que permaneceu até janeiro de 2011. O pico de cheia do rio no ano passado foi 4,36 metros, marcado no dia 22 de julho, menor do que a previsão para 2011.
No próximo dia 31, a Embrapa Pantanal divulgará a terceira previsão de cheia do Rio Paraguai, que será mais precisa.
O Rio Paraguai nasce na Chapada dos Parecis, no Mato Grosso, e desce em direção ao Pantanal sul-matogrossense, onde é medido em Ladário, com a centenária régua da cidade. O rio passa ainda pela Bolívia, pelo Paraguai e pela Argentina.

Revista National Geographic

Movimentos da Terra.

Cartografia

A cartografia é a ciência voltada para o estudo e o desenvolvimento de técnicas de elaboração de mapas. Comente a importância da cartografia e o desenvolvimento tecnológico da ciência cartografia durante o século XX.